The BRIEF

Anatel pede a marketplaces que não vendam produtos pirateados

Itens sem certificação técnica da agência como celulares, baterias, carregadores e box TV são os principais alvos da ação

em 25/05/2021, 12:00
Anatel pede a marketplaces que não vendam produtos pirateados

Fonte:  Freepik 

Imagem de Anatel pede a marketplaces que não vendam produtos pirateados no tecmundo

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) está pedindo às empresas que trabalham com o sistema de marketplace que parem de comercializar produtos não homologados. A solicitação foi feita por meio de ofícios enviados a mais de 10 plataformas digitais na última semana.

Nos comunicados, o órgão alerta aos responsáveis pelos marketplaces, que expõem itens comercializados por terceiros, sobre a necessidade de adotar medidas para evitar a venda de produtos de telecomunicações sem certificação técnica. A agência avisa ainda sobre a possibilidade de imputar sanções previstas na lei às empresas.

De acordo com o Teletime, os documentos mencionam itens que colocam em risco a segurança do consumidor, como celulares, carregadores e baterias sem procedência. Para reforçar a importância da medida, a Anatel destacou casos de fatalidade envolvendo tais produtos, incluindo choques e explosões.

Mais de 10 plataformas de comércio eletrônico receberam o comunicado.Mais de 10 plataformas de comércio eletrônico receberam o comunicado.

Outros dispositivos citados foram os aparelhos que oferecem acesso liberado às plataformas de streaming e canais de TV por assinatura, que segundo a agência facilitam o roubo de dados dos usuários. Os bloqueadores de sinal (jammers) também aparecem listados, propiciando a prática de crimes como o sequestro relâmpago.

Recomendações da agência

Enviado a empresas como Mercado Livre, Carrefour, Lojas Americanas e Magazine Luiza, entre outras, o ofício pede que elas invistam em “medidas preventivas e repressivas” em relação à comercialização destes itens. A proibição dos produtos não homologados e a seleção criteriosa de fornecedores são algumas das ações sugeridas.

As propostas incluem ainda o uso de tecnologia para bloquear conteúdo “potencialmente infringente” e a elaboração de listas de vendedores que não seguiram as condições impostas pelas plataformas. O documento foi assinado pelo presidente da Anatel Leonardo Euler de Morais.

Segundo Morais, a agência já retirou de circulação milhares de produtos ilegais, em operações dentro do Plano de Ação de Combate à Pirataria (PACP). Foram apreendidos 600 mil equipamentos somente nos primeiros meses deste ano.


Avatar do(a) autor(a): André Luiz Dias Gonçalves

Por André Luiz Dias Gonçalves

Especialista em Redator

Jornalista formado pela PUC Minas, escreve para o TecMundo e o Mega Curioso desde 2019.


Veja também