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Starlink pede autorização para ativar mais 7,5 mil satélites no Brasil

Empresa de internet via satélite de Elon Musk solicitou aprovação da Anatel, mas resultado sai apenas em 2025

em 04/12/2024, 16:16
Starlink pede autorização para ativar mais 7,5 mil satélites no Brasil

Fonte: GettyImages

A operadora de internet Starlink quer ampliar a quantidade de satélites autorizados a operar no Brasil e adicionar novas faixas de radiofrequência para fornecer sinal na região. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) vai analisar a solicitação e decidir se aprova a expansão.

O pedido da Starlink cita o aumento na constelação para 7,5 mil satélites que ficam em baixa órbita, com a expansão envolvendo os modelos de segunda geração. O número é bem maior do que os atualmente permitidos pela agência (4,4 mil) e também envolve futuros lançamentos, já que a empresa de Elon Musk por enquanto tem pouco mais de 6 mil em operação globalmente.

Além disso, a companhia deseja adicionar as faixas de radiofrequências de 71 a 76 GHz (enlace de descida) e 81 a 86 GHz (enlace de subida), todas da Banda E. O requerimento foi oficializado pela operadora em dezembro de 2023 e passou os últimos meses em fase de análise técnica, o que envolveu pedidos de documentação e esclarecimentos por parte da Starlink sobre o funcionamento dos satélites.

Os satélites da Starlink são lançados por foguetes da SpaceX.  (Imagem: GettyImages)
Os satélites da Starlink são lançados por foguetes da SpaceX. (Imagem: GettyImages)

A Anatel vai debater a solicitação em 13 de fevereiro de 2025, data da próxima reunião do conselho diretor da instituição. O conselheiro Alexandre Freire será o responsável por submeter o assunto, já adiantando que o tema é considerado "de extrema relevância, considerando que o setor de satélite possui papel fundamental na infraestrutura de telecomunicações brasileira".

Crescimento e concorrência

A Starlink é desde a metade deste ano a líder entre operadoras de internet via satélite no Brasil. A companhia cresceu rapidamente em especial por fornecer serviços em regiões mais remotas do país ou de pouca cobertura de provedoras tradicionais.

O governo brasileiro, entretanto, parece mais disposto a abrir o mercado para a chegada de concorrentes — em especial após as brigas entre Musk, Lula e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que resultaram na suspensão temporária do X (antigo Twitter) no país.

A chinesa SpaceSail fechou um contrato com a estatal Telebrás para fornecer sinal de satélite em baixa órbita assim como a concorrente norte-americana. A conterrânea Geespace também começou as atividades e planeja superar a rival em quantidade de satélites no espaço nos próximos anos.


Avatar do(a) autor(a): Nilton Cesar Monastier Kleina

Por Nilton Cesar Monastier Kleina

Especialista em Analista

Jornalista especializado em tecnologia, doutor em Comunicação (UFPR), pesquisador, roteirista e apresentador.


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