Na última quarta-feira (02), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou tarifas de importação para centenas de países, com ênfase na importação de itens chineses. Agora, o mandatório promete que as taxas sob semicondutores e chips estão próximas de acontecer, e devem chacoalhar os preços de eletrônicos ao redor do globo.
Durante o chamado “Dia da Liberação”, como Trump apelidou, o presidente norte-americano é categórico ao afirmar que a taxação não deve demorar muito. “Os chips [tarifas] começarão muito em breve e os produtos farmacêuticos começarão a chegar […] em algum momento no futuro próximo”, revelou Donald Trump.
Apesar da fala sem tantas explicações, o discurso do presidente gera um sinal de alerta para as grandes companhias do mundo da tecnologia. Há algumas semanas, Trump chegou a comentar sobre impor tarifas de 25, 50 ou até mesmo 100% sobre produtos originais de Taiwan, mas o projeto ficou na encolha após a TSMC anunciar um investimento bilionário para pesquisa e desenvolvimento nos EUA.

Como boa parte do mercado de semicondutores que chega efetivamente ao consumidor, por meio de produtos da AMD, Nvidia, Intel, Qualcomm, etc, tem produção em Taiwan e outros países asiáticos, as tarifas podem ser excessivas. As atuais taxas aplicadas pelos EUA contemplam bens sem base definida, mas o mercado dos chips será afetado individualmente.
EUA querem se “libertar de produtos estrangeiros”
Marcado como uma data histórica para os Estados Unidos, Donald Trump aponta que as tarifas são uma forma de proteger o país de impactos econômicos e irão “libertar os EUA de produtos estrangeiros”. A China foi bem afetada, com tarifas na casa de 34%, e irá reverberar em diversos produtos importados do país, como smartphones e outros tipos de eletrônicos.
A grande questão é saber qual será a porcentagem dessas tarifas em relação à importação de semicondutores. Uma taxa de 25% deve ser o valor mínimo cobrado pelos estadunidenses, mas pode variar conforme o país — e sua potencial “ameaça” contra os EUA.
Como os semicondutores estão presentes em notebooks, placas de vídeo, processadores, smartphones, tablets e diversos outros aparelhos, é possível que o valor agregado desses produtos aumente nos próximos meses. No entanto, é difícil cravar qual será a margem percentual desses itens.
Grandes companhias afetadas têm algumas opções para reverter a crise, como mover parte da fabricação para solo norte-americano, ou absorver os valores junto à cadeia de fabricação e os revendedores. A outra opção é aumentar o valor final dos produtos durante sua comercialização para equilibrar os gastos.
Para saber quando as tarifas de Trump irão afetar o mundo dos chips, basta ficar ligado no site do TecMundo. Inclusive, o presidente dos EUA prometeu resolver a questão do TikTok nos próximos dias.
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