Google Chrome é atacado por HANNIBAL Stealer; entenda
Usuários do navegador Google Chrome ao redor do mundo são alvos de um novo stealer chamado HANNIBAL

Usuários do navegador Google Chrome ao redor do mundo são alvos de um novo stealer chamado HANNIBAL. Disponível desde o último domingo (02) para venda em fórum cibercriminoso, o programa malicioso tem a capacidade de roubar credenciais, tokens, documentos, arquivos diversos e até capturar a tela da vítima.
O HANNIBAL é vendido em três modalidades de preço: US$ 150 para um mês de uso, US$ 300 para três meses e US$ 650 para sete meses de uso.
De acordo com o vendedor, chamado “TXSUPPORT”, o stealer tem a capacidade de ultrapassar as proteções de cookies V20 do Google Chrome, o que facilita sua penetração maliciosa.
O painel de controle do HANNIBAL entrega áreas para ataques específicos que envolvem o roubo de tokens da Steam e do Discord. Além disso, permite o acompanhamento de todos os logs, senhas utilizadas no navegador, roubo de carteiras cripto, acesso aos dados básicos do computador, sessão do Telegram, arquivos em diretórios do PC e captura de tela.
Vale notar que o HANNIBAL também funciona em navegador baseados em Chromium e Gecko, este último, motor de layout da Mozilla.
Painel do HANNIBAL Stealer
Não há informações de vítimas até o momento, apenas a venda do software criminoso. Para se proteger de ataques como esses, siga os passos abaixo:
- Nunca instale aplicativos fora da Google Play Store e Apple App Store;
- Desconfie de páginas e mensagem que chegam até você com ofertas, promoções ou informações incríveis (seja proativo, caso tenha dúvida, e busque canais oficiais);
- Mantenha um bom antivírus instalado no seu celular e computador;
- Tenha segundo fator de autenticação em todas as suas contas (se possível, com app terceiro, sem SMS);
- Peça ajuda: se você tem dúvida sobre qualquer link ou mensagem, peça ajuda para outra pessoa que entenda mais sobre como a internet do que você;
- Mantenha seus apps e sistema operacional com a última atualização disponível, principalmente navegadores como Chrome, Edge, Firefox etc

Por Felipe Payão
Felipe Payão é jornalista. Cobre a editoria de cibersegurança com foco em cibercrime há oito anos e possui dois prêmios especializados: ESET América Latina e Comunique-se 2021.