A realidade virtual e os vídeos em 360 graus andam de mãos dadas, mas essa combinação tecnológica ainda está longe de beirar a perfeição. Pensando na evolução do recurso, o Facebook botou seus engenheiros mais experts para trabalhar em melhorias e otimizações dos vídeos em 360 graus para a realidade virtual numa tentativa de tornar a experiência a mais gratificante possível, e não mediana.
Os profissionais trabalham na codificação de vídeos utilizando geometria piramidal, técnica que reduz o tamanho dos arquivos em 80%. Na prática, o método pega quadros planos, transforma-os em esferas e, por fim, os encaixa dentro de uma pirâmide. Com isso, a resolução máxima da imagem vai para a base da pirâmide, enquanto as laterais gradativamente diminuem em qualidade.
Ao todo, cada pirâmide contém 30 diferentes visualizações, e o Facebook cria cinco streams em várias resoluções para cada uma. Posteriormente, o site salva todas as 150 versões de seu vídeo nos servidores e apenas transmite aqueles para os quais você está olhando, dependendo da velocidade de conexão da sua internet.
Facebook e vídeos em 360 graus estão em um relacionamento sério
Quando os vídeos em 360 graus foram lançados, o Facebook utilizou mapeamento em cubo em vez da pirâmide para o processo de codificação. Esse método reduz o tamanho dos arquivos em apenas 25%, diferentemente da técnica supracitada, que faz um corte de 80%. Acha que tem as manhas e gostaria de aplicar um filtro customizado de cubo em vídeos por conta própria? O Facebook disponibilizou seu código no Github.
Além disso, o site substituiu seu sistema de processamento de vídeo por SVE (sigla para “Streaming Video Engine”). O novo procedimento divide arquivos em diversas partes para fazer o upload deles e codificá-los separadamente de uma só vez, acelerando o processo de codificação.
Em palavras resumidas, a ideia do Facebook é que mais pessoas consumam vídeos no site e adotem o hábito de postar conteúdos assim com mais frequência. É claro que sempre existe uma razão monetária para isso, uma vez que vídeos implicam anúncios, visualizações e engajamento (que depois se converte em retenção de acessos e, consequentemente, dinheiro).
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